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Neste post de hoje do Blog da Impala vamos falar um pouco sobre componentes capazes de transformar um relógio em relíquia, em uma peça única, digna de ser colecionada. Nossa referência, mais uma vez, é a Seiko. Seus relógios enaltecem o mundo da relojoaria por fundir tradição com inovação e propor modelos cada vez mais confiáveis, duráveis e de usabilidade tanto no dia a dia quanto em condições específicas – como nas profundezas do oceano ou no espaço. 

Podem ser de ouro ou cravejados de diamantes. O que encarece o relógio não necessariamente é o seu design e materiais preciosos aparentes, mas seu interior. Quando se fala em movimento faz-se referência ao modo como as peças são montadas dentro do relógio e que possibilitam o funcionamento contínuo sem atraso tão pouco adiantado. 

Para resumir, o movimento pode ser distinguido em dois tipos: o movimento de quartzo – em que o funcionamento se dá por uma bateria e seu ritmo é regulado pela oscilação de um cristal de quartzo, com a vantagem de oferecer mais precisão; e tem o movimento automático – um tipo de relógio mecânico que contém um rotor em pivô, que gira e dá corda no mecanismo por meio de movimentos do pulso de quem está usando o relógio, e não é tão preciso quanto ao de quartzo, mas tem valor pela complexidade e a junção graciosa de técnicas em sua montagem. 

Antes de falar um pouco mais sobre movimento, atente-se a alguns termos: como reserva de marcha – que é o tempo que o relógio automático ou manual passa funcionando depois que foi dada uma corda completa; o hacking – sua definição é simples: puxa-se a coroa e o ponteiro para onde estiver, assim economiza-se a energia interna do relógio quando ele não estiver em uso; o “hack” serve para sincronizar a hora certa. Também há o termo de reserva de energia – que é a capacidade do relógio de armazenar energia sem ter que usar o “hacking”; e finalmente o enrolamento manual – a precisão normal de uso de um relógio mecânico varia segundo as condições de uso (período de tempo que o relógio é usado no pulso, temperatura ambiental, movimento da mão e estado de enrolamento da mola principal).   

Cada relógio tem um movimento. Na relojoaria, para categorizar o movimento de uma série de modelos ou caracterizar um relógio fala-se em calibre. E inserimos a Seiko neste contexto, pois a contribuição da fabricante japonesa é uma referência até mesmo para demais marcas do segmento. 

Ao longo dos anos, a Seiko desenvolveu vários calibres. Alguns são verdadeiros divisores, por registrar um antes e depois na história da relojoaria, a exemplo do calibre 6139 – o primeiro cronógrafo automático do mundo com roda de coluna e embreagem vertical.

A ideia neste post não é descrever cada um dos calibres ou fazer um tour pelo histórico impecável da Seiko. Vamos destacar alguns dos movimentos que têm sido usados em novos modelos e em reedições – que a Seiko é especialista: modifica alguns detalhes de design de um modelo antigo e faz uso de novas tecnologias, com movimentos que oferecem confiabilidade, itens que facilitam o dia a dia de quem usa o modelo etc. 

Calibres 7S26 e 7S36

São praticamente idênticos. Mas, várias engrenagens que equipam o 7S36 são de plástico e o 7S26 são de metal. Alguns entusiastas adquirem relógios com calibre 7S36 e substituem as peças de plástico – visto que as peças do 7S26 são abundantes no mercado. Em vias de regras, têm a mesma funcionalidade e as peças de plástico podem ser justificadas pelos aros de sustentação que absorvem melhor o impacto, Têm resistência natural ao magnetismo e são de moldagem fácil. No entanto, as peças de plástico em tração com peças de açõ deixam a desejar em relação ao desgaste, a exemplo do Seiko Pogue – em que o modelo original tem aro de aço, é mais difícil de encontrar e é um dos motivos que o torna raro e caro. 

Calibres 4R35 e 4R36

A Seiko assumiu a missão de substituir o calibre 7S26 e, em 2011, lançou uma sperie de movimentos 4R3X (4R35/36/37/38 e 39) e agradou aos fãs por oferecer relógios com algumas tecnologias necessárias, com mais qualidade e excelente preço final. A preocupação em assegurar a mesma excelente durabilidade do 7S26 é nítida ao observarmos o alto padrão de usinagem desses movimentos, o nível de acabamento e o acréscimo de rubis no intuito de reduzir desgaste. O calibre 4R35 tem componentes de plástico, como forma da fabricante diminuir a manutenção e deixar os modelos mais em conta. Um exemplo de relógio deste calibre é Seiko Samurai SRPB53J1. O calibre 4R36 se destaca dos demais integrantes de sua família por ser o único a incorporar os dias da semana em seu calendário. Já o calibre 4R35 tem apenas a data mensal no calendário e um rubi a menos (já que não tem a roda dos dias semanais). Exemplo de relógios com o calibre 4R36 são os modelos Seiko Sports 5. 

Calibres 6R15 E 6R35

Um outubro de 2005 foi lançado o calibre 6R15A. Especialistas apontam como um sucessor do Seiko 7S26 e permitir que o preço final dos relógios ficassem mais convidativos. No ano seguinte, surgiu o 6R15B com algumas melhorias e, em 2007, uma terceira versão, nomeada como calibre 6R15C foi apresentada em 2011. E o 6R15 ainda teve uma quarta geração: 6R15D. São calibres ainda em produção, com 23 joias, 21.600 bph e reserva de energia de 50 horas. Estão presentes em relógios como Seiko Sumo, Seiko Alpinist e Seiko Presage. Já o 6R35 surge como um upgrade. A terceira geração do Seiko Green Sumo Sapphire (SBDC081 / SPB101J1) foi o modelo pioneiro a ter o calibre 6R35 – Diver da linha Prospex. , se diferencia dos calibres 6R15 por oferecer mais precisão. Este calibre  ainda opera a 21.600bph (3 Hertz) com recursos de hackers e corda manual. Suas principais atualizações são que aumentou uma joia (ele tem 24) e uma reserva de energia de 70 horas (os anteriores têm 50h). 

Calibre 8R48

É um movimento muito mais baixo do que um Grand Seiko automático, mas ainda assim o 8R28 tem um cronógrafo muito mais sofisticado: tem enrolamento bidirecional, que aumenta a eficiência e elimina o ruído e a oscilação do rotor. O 8R28 faz parte de uma grande família de movimentos com várias complicações. Os 6R20, 6R21, 6R24 e 6R27 estão todos na mesma família que o 8R28, no entanto, este calibre tem um cronógrafo do outro lado. Esses movimentos compartilham o design básico de movimentos mais humildes, como o 7S26 e o ​​6R15, mas foram totalmente resdesenhados, afinal a família 6R2X e 8R é de 28.800bph. Estes movimentos têm suas complicações atrás da placa principal. Com o calibre 8R48 há mais precisão. 

Calibre 8L35

Este calibre foi criado para resistir aos testes do tempo. O movimento automático é de alta qualidade. O 8L35 da Seiko é um primo bem próximo ao calibre 9S55, encontrado em algumas peças famosas de Grand Seiko. É considerado um dos melhores movimentos Seiko do mercado e comparado ao movimento 3135 da RX. Este movimento foi uma das primeiras criações feitas na oficina da Marioka Seiko – estabelecida na montanha Mount Iwate, em 1970. E é um movimento específico para uso dos mergulhadores. Opera a 28.800bph e tem 26 joias. Tem precisão de alto padrão (mesmo em meio a temperaturas extermas) e opções de hacking e corda manual, excedendo os níveis de cronômetros certificados. 

Calibre 8L55

Comparado também com o movimento Grand Seiko 9S85, de 2009, mas com acabamento diferenciado, o Seiko 8L55 é uma versão melhorada do 8L35: opera a 36.000bph, tem 37 joias e, obviamente, suas reservas de energia são um pouco mais altas. 

Para você avaliar:

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Um grande abraço e até a próxima.  

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